BLITZ : Maria João É maria rapaz (Entrevista)
Entrevista Blitz....
Quis fazer um disco que não fosse apenas mais um, «com aquela forma de cantar e tocar» dos brasileiros. «Isso já eles fazem e muito bem». Usou a intuição para encontrar «uma respiração, um ritmo, uma intenção» só seus.
Saiu-lhe João, disco intimista em que aparece «rodeada de músicos maravilhosos» mas mais a solo do que nunca.
Há alguns meses anunciou que, neste disco, ia tentar cantar de forma menos extrema. Conseguiu?
Com menos improvisação, talvez. Aos extremos gosto sempre de ir. É-me necessário arriscar, mas talvez com menos improvisação para não ser tão… extremo, ou de difícil audição.
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Não foi fácil respeitar a ideia inicial de contenção?
A contenção nunca é uma coisa fácil para mim. O que é fácil para mim é a extroversão, é fazer coisas, ir aos extremos e experimentar; improvisar também é fácil.
O título João remete para uma certa androginia.
Exactamente, e depois pus tudo [no livreto] em cor-de-rosa, bem feminino! Gosto muito do meu nome e acho que a minha mãe teve um bom gosto enorme e uma grande pontaria, porque encaixou o nome certo para mim. Masculino, feminino… toda a gente tem [essa dualidade] mas eu tenho bastante, o ser feminina e também maria-rapaz, muito maria-rapaz.
Até aos 27 anos, foi praticante de natação e artes marciais. Abandonou essa actividade?
Aikido continuo a praticar. Estive um tempo parada, quando comecei a cantar, porque a paixão pela música foi tão avassaladora que não havia espaço para mais nada. Agora, sempre que posso, vou à aula do Mestre Stobbaerts e aos estágios; aliás, passei a reservar esse período como a altura em que não posso fazer coisas [na música]. Não quero nem posso deixar de estar naquela escola, com aquele mestre, a praticar aquela arte marcial que adoro. Faz-me despender muita energia, o que é bom e eu preciso sempre. Limpa-me a alma e o físico.
By: Lia Pereira, Sexta 25, às 9:56
O #12 da BLITZ já está nas bancas ... (e como veem vão falar da nossa Maria João)....
Lá dentro, o grande destaque vai para a peça com os WrayGunn, acabadinhos de lançar o álbum "Shangri-Lá". Em destaque, também, está a peça intitulada "Portugal so Sol", dedicada aos novos discos de Teresa Salgueiro, Maria de Medeiros, JP Simões e Maria João, decididos a trilhar as influências que vêm do lado de lá do Atlântico. De resto, refira-se ainda as presenças de Nelly Furtado e Maria João na secção 'perguntas & repostas', o Hot Clube de Portugal no 'retrovisor' e Camané na secção 'Portugal XXI, Imagens de Sons Portugueses'.
No 'guia', há críticas aos novos discos de Maria João (3/5), WrayGunn (5/5), Carlos Paredes - Antologia (5/5), à compilação 'E Depois do Adeus' (4/5), Gutto (3/5), Micro Audio Waves (4/5) e Coldfinger (3/5).
Blitz.....olha a joão aliiii .... hehehe
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