domingo, 27 de maio de 2007

BLITZ : Maria João É maria rapaz (Entrevista)

Entrevista Blitz....

Quis fazer um disco que não fosse apenas mais um, «com aquela forma de cantar e tocar» dos brasileiros. «Isso já eles fazem e muito bem». Usou a intuição para encontrar «uma respiração, um ritmo, uma intenção» só seus.

Saiu-lhe João, disco intimista em que aparece «rodeada de músicos maravilhosos» mas mais a solo do que nunca.


Há alguns meses anunciou que, neste disco, ia tentar cantar de forma menos extrema. Conseguiu?
Com menos improvisação, talvez. Aos extremos gosto sempre de ir. É-me necessário arriscar, mas talvez com menos improvisação para não ser tão… extremo, ou de difícil audição.


João UNIVERSAL
João, nome pelo qual os amigos a tratam, mostra a cantora em busca da sua voz no Planeta Brasil, via Elis Regina, Pixinguinha ou Chico Buarque. Missão cumprida, com mira apontada à criatividade de voz e arranjos.
Já disponivel .
O disco já por si tem arranjos muito diferentes e apresenta-se de forma diferente. Eu vejo este disco como… podia ser um disco de originais, mas com aqueles originais incríveis! O que se optou foi não haver tanta improvisação. Depois lá se pôs umas coisas, tinha de se pôr se não eu rebentava! (Risos) Percussões, os finzinhos, tive de fazer ali qualquer coisa ou explodia!

Não foi fácil respeitar a ideia inicial de contenção?

A contenção nunca é uma coisa fácil para mim. O que é fácil para mim é a extroversão, é fazer coisas, ir aos extremos e experimentar; improvisar também é fácil.


O título João remete para uma certa androginia.

Exactamente, e depois pus tudo [no livreto] em cor-de-rosa, bem feminino! Gosto muito do meu nome e acho que a minha mãe teve um bom gosto enorme e uma grande pontaria, porque encaixou o nome certo para mim. Masculino, feminino… toda a gente tem [essa dualidade] mas eu tenho bastante, o ser feminina e também maria-rapaz, muito maria-rapaz.

Até aos 27 anos, foi praticante de natação e artes marciais. Abandonou essa actividade?
Aikido continuo a praticar. Estive um tempo parada, quando comecei a cantar, porque a paixão pela música foi tão avassaladora que não havia espaço para mais nada. Agora, sempre que posso, vou à aula do Mestre Stobbaerts e aos estágios; aliás, passei a reservar esse período como a altura em que não posso fazer coisas [na música]. Não quero nem posso deixar de estar naquela escola, com aquele mestre, a praticar aquela arte marcial que adoro. Faz-me despender muita energia, o que é bom e eu preciso sempre. Limpa-me a alma e o físico.


By: Lia Pereira, Sexta 25, às 9:56


O #12 da BLITZ já está nas bancas ... (e como veem vão falar da nossa Maria João)....
Lá dentro, o grande destaque vai para a peça com os WrayGunn, acabadinhos de lançar o álbum "Shangri-Lá". Em destaque, também, está a peça intitulada "Portugal so Sol", dedicada aos novos discos de Teresa Salgueiro, Maria de Medeiros, JP Simões e Maria João, decididos a trilhar as influências que vêm do lado de lá do Atlântico. De resto, refira-se ainda as presenças de Nelly Furtado e Maria João na secção 'perguntas & repostas', o Hot Clube de Portugal no 'retrovisor' e Camané na secção 'Portugal XXI, Imagens de Sons Portugueses'.
No 'guia', há críticas aos novos discos de Maria João (3/5), WrayGunn (5/5), Carlos Paredes - Antologia (5/5), à compilação 'E Depois do Adeus' (4/5), Gutto (3/5), Micro Audio Waves (4/5) e Coldfinger (3/5).
Blitz.....olha a joão aliiii .... hehehe

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